Este sábado, dia 16 de maio, é deles, os garis. Só em Porto Alegre, são mais de 1,8 mil laranjinhas limpando as ruas.
O serviço dá o maior trabalhão, mas o gari Antônio Cleber Carvalho, 50 anos, morador do Bairro Floresta, na Capital, faz com uma mão nas costas. Ele só pensa em limpeza! E tem que ser na rua, em casa e até na política...
Diário Gaúcho - Está tudo bem limpinho na sua área. Em casa é assim também?
Antônio Carvalho - Sujeira não é comigo. Minhas filhas até pedem para eu caprichar na limpeza quando vou na casa delas.
Diário - O senhor conhece bem as ruas do Centro, mas sabe o que acontece nesses prédios em volta, como o da prefeitura?
Antônio - Sei que o prefeito está ali, mas não deixam a gente entrar. Acho que eles ficam ali decidindo os salários das pessoas e discutindo as terceirizadas (referindo-se à lei das terceirizações, em análise no Senado). É ali que se resolve tudo.
Diário - Quem o senhor gostaria que passasse um dia varrendo as ruas ao seu lado, para ter uma lição de humildade?
Antônio - Gente que passa por nós e joga lixo atrás. Mas eu queria que o prefeito Fortunati passasse um dia nesse trabalho para ver que, em certos lugares, não tem lixeira.
Diário - Esse trabalho de passar o dia varrendo e caminhando pra lá e pra cá faz ajuda a manter a boa forma?
Antônio - Nem preciso de academia mesmo (risos). Esses fortões ficam aí pegando peso, mas aqui não precisa. Eles podiam só pegar um carrinho e uma vassoura e deu. Iam ficar fortões!