O alemão Markus Bernard Maria Muller, ferido na explosão em um prédio na zona sul do Rio de Janeiro na segunda-feira, afirmou aos médicos que o socorreram ter sido torturado por um assaltante, que teria ameaçado explodir o apartamento. Ele morava sozinho no prédio onde a explosão destruiu vários apartamentos e causou a interdição total da área na manhã de segunda. Internado inicialmente no Hospital Miguel Couto, na Gávea, o alemão continua em estado grave, agora no Hospital Pedro II, em Santa Cruz.
Polícia investiga tentativa de suicídio ou crime como causa da explosão de prédio
Explosão ocorreu na cozinha de apartamento onde morava alemão
- Ele chegou dizendo que um homem teria entrado no apartamento querendo um relógio Rolex dourado e dinheiro. E que (o homem) passou a noite torturando-o com uma faca, provocando lesões pelos braços e no corpo. Depois disso, ameaçou explodir tudo - disse à TV Globo o diretor do Hospital Miguel Couto, Luiz Alexandre Essinger.
De acordo com Essinger, o alemão contou que o assaltante "teria dado a ele uma bebida avermelhada, antes de dizer que explodiria tudo". Para os médicos, a história tanto pode ser verdadeira como indicar um surto psicótico. Dois porteiros prestaram depoimento anteontem à Polícia Civil e afirmaram que, na noite de domingo, Mller chegou sozinho em casa e não recebeu visitas.
Outro aspecto não esclarecido é o aumento repentino do consumo de gás no apartamento. Nos sete dias anteriores à explosão, chegou a 30 metros cúbicos - a média nos últimos meses não passava de seis. Na avaliação dos técnicos, essa variação não configuraria vazamento por falha de manutenção.