O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta sexta-feira que este 1º de maio será lembrado como o dia da vergonha, em que a presidente Dilma Rousseff "se acovardou". Veja o vídeo:
- A presidente não teve coragem de dizer aos trabalhadores que eles vão pagar o preço mais duro do ajuste - disse Aécio, logo após chegar ao evento da Força Sindical para comemorar o Dia do Trabalho, na capital paulista.
Segundo ele, Dilma se esconde daqueles que vêm sustentando o Brasil. "Os trabalhadores não têm nada a celebrar", disse.
Aécio comentou ainda a notícia de que a Petrobras teria destruído áudios das reuniões do Conselho de Administração. "Isso é extremamente grave", afirmou. O senador disse que o PSDB convocará o presidente da estatal, Aldemir Bendine, para esclarecer na CPI se houve inutilização de provas.
Questionado se o ex-presidente Lula pode ser preso devido a envolvimento em irregularidades, Aécio diz não ter informações "para se chegar a tanto".
Ministro do Trabalho nega medo de Dilma
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou que não é por medo de um "panelaço" que a presidente Dilma Rousseff não fará pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV neste Dia do Trabalho.
- Quem foi torturado e enfrentou ditadura vai ter medo de panelaço? - questionou Dias, logo após chegar ao evento da Força Sindical nesta sexta-feira, 1º de maio, na zona norte de São Paulo. Está é a primeira vez que Dilma escolhe se pronunciar no Dia do Trabalho apenas pelas redes sociais.
O ministro defendeu ainda os avanços trabalhistas nos governos petistas.
- Depois de Getúlio Vargas, (este) foi o governo que mais construiu junto com os trabalhadores avanços na geração de emprego, no aumento dos salários, no resgate da inclusão social - afirmou, em referência aos governos Lula e Dilma.
Questionado sobre o projeto que regulamenta a terceirização da mão de obra no Brasil, Dias voltou a se posicionar abertamente contra a terceirização da atividade-fim. Ele disse que o governo tentou, por meio de uma comissão de parlamentares de quatro partidos diferentes, construir um acordo para "corrigir" o projeto atual.
- O projeto tramita há dez anos na Câmara e o que foi votado não tem nada mais a ver com aquele projeto (inicial) - afirmou o ministro.
Segundo Dias, ainda há três pontos polêmicos no debate do tema. "A corresponsabilidade, a terceirização (também) da atividade-fim (ou apenas) da atividade-meio, e a questão da representação sindical", disse. Para ele, os deputados fizeram avanços significativos no âmbito da corresponsabilidade e também no que tange a representação sindical dos terceirizados. Segundo ele, a principal polêmica se concentra na possibilidade de terceirizar as atividades-fim das empresas. "Nós defendemos que deva haver restrições na questão da atividade-fim", afirmou.
Para o ministro é preciso haver garantias de que não vai haver precarização do trabalho nem subtração de direitos da mão de obra brasileira.