A morte de Luiz Henrique da Silveira (PMDB) também surpreendeu seus adversário políticos. Esperidião Amin, atualmente deputado federal pelo PP, disputou as eleições para governador contra LHS em 2002 e 2006 - sendo derrotado em ambas. Mas na tarde deste domingo lamentou a morte do senador catarinense e lembrou de quando ainda eram companheiros pela proximidade de suas famílias.
- Sem dúvida, ele era um político de rara habilidade e como seu adversário, todo meu respeito e condolências, primeiro às famílias e depois aos seus colegas, aos quais também respeito. A democracia sem confronto de ideias adversárias, não é democracia. A democracia com unanimidade é suspeita. Foi natural sermos adversários - disse o deputado federal
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Luiz Henrique e Amin foram contemporâneos na maior parte de suas carreiras políticas, sempre em lados opostos. Quando Amin se elegeu governador pela primeira vez, em 1982, pelo PDS, o peemedebista foi o deputado federal mais votado do Estado. Mas eles só passaram a se confrontar diretamente a partir das eleições de 2002.
Na época, Amin era governador e disputava a reeleição. Luiz Henrique havia renunciado ao mandato de prefeito de Joinville para enfrentá-lo. No primeiro turno, Amin terminou na frente, mas acabou sofrendo a virada na segunda votação - quando apoiado pelo PT, LHS venceu por uma diferença de cerca de 20 mil votos.
Quatro anos depois, em 2006, ambos repetiram o segundo turno. Com apoio do PFL, ex-aliado de Amin, o peemedebista venceu por cerca de 170 mil votos e foi reeleito. Entre as lembranças citadas por Esperidião Amin está a amizade entre seus pais e uma viagem a Alemanha, em 1995.
- Fomos adversários sim e tivemos muitas passagens em comum. Nossos pais eram amigos e companheiros de ideias partidárias. Em grande parte das nossas vidas tivemos grande afinidade, quase que herdada por nossas famílias. Desde 2002 essa relação deixou de existir porque fomos adversários intensos na política. Mas na vida é tudo maior, muito mais que política. Lembro que em 1995, fizemos uma viagem juntos a Alemanha, para conhecer o país após a reunificação. Lembro que subestimei o frio e quem me emprestou um casaco para passar o dias foi Luiz Henrique. Favor que retribui com um vinho - recordou Amin.