A Trensurb ingressou na Justiça, nesta tarde, na tentativa de normalizar a circulação de trens na Região Metropolitana. Nenhum vagão saiu das garagens da empresa nesta quarta-feira em função da paralisação dos metroviários. Se prosseguir até o final do dia, a greve terá afetado 200 mil passageiros e cancelado 243 viagens, segundo a empresa.
A ação judicial declaratória de abusividade de greve foi protocolada junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região devido à mobilização promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Estado (Sindimetrô-RS). A Trensurb ainda informou que está à disposição da categoria para restabelecer o serviço.
No final da tarde de terça-feira, a Justiça determinou que 100% dos trens circulassem nos horários de pico (das 5h30min às 8h30min e das 17h30min às 20h30mim) nesta quarta, sob pena de multa de R$ 30 mil ao sindicato em caso de descumprimento.
Veja quais serviços devem ser afetados pela paralisação nesta quarta-feira
Terceirização tem semana de votação e de protestos
A greve dos metroviários integra o Dia Nacional da Paralisação, data organizada por movimentos sindicais em todo o país contrários ao projeto de lei que amplia a terceirização a todas as atividades das empresas. O projeto teve o texto-base aprovado na semana passada na Câmara dos Deputados e, nesta tarde, parlamentares retomam a votação dos destaques (propostas de mudança no projeto).
Na quarta-feira, deputados excluíram as empresas públicas e de sociedade mista da lei das terceirizações - e, assim mesmo, categorias que não seriam mais impactadas pela medida (como funcionários da Trensurb e da Carris) mantiveram a paralisação.