Os policiais do Batalhão de Choque e da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) participaram da ação no Complexo do Alemão que terminou na morte de Eduardo de Jesus Ferreira, 10 anos, foram afastados das funções. Eles já estão respondendo a um Inquérito Policial Militar (IPM) e tiveram suas armas recolhidas para a realização de exame balístico.
As informações estão em um comunicado divulgado a tarde desta sexta-feira pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Na nota, o porta-voz da CPP, major Marcelo Corbage, diz que o caso não ficará impune.
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- É prematuro tirar qualquer tipo de conclusão. Estamos colaborando com as investigações. A morte do Eduardo não ficará impune. Precisamos fazer deste episódio uma bandeira para a mudança. Não podemos permitir que outras famílias sintam a dor da mãe deste menino - afirmou Corbage.
Eduardo foi atingido por um tiro de fuzil na cabeça quando estava na porta de casa na tarde da última quinta-feira. A possibilidade de um policial ter sido o autor do disparo que matou o menino causou revolta entre os moradores, que organizaram protestos.
Na tarde desta sexta-feira, a PM lançou bombas de gás lacrimogêneo na direção de um grupo que tentou interromper o tráfego de veículos no local. A ofensiva policial dispersou os manifestantes que buscaram abrigo nas ruas e vielas da região.
A doméstica Terezinha Maria de Jesus, 40 anos, acusou a polícia pela morte de seu filho em entrevista a jornais nesta sexta-feira, ao lado do marido, José Maria Ferreira de Sousa:
- Foi a polícia que matou meu filho. Não houve tiroteio - disse Terezinha.
* Zero Hora