A Nigéria anunciou, nesta terça-feira, o resgate de 200 meninas e 93 mulheres mantidas prisioneiras em um reduto do grupo islamita Boko Haram, mas não pode confirmar se as sequestradas são as mesmas levadas há um ano em Chibok. Uma força militar "capturou e destruiu nesta tarde (de terça-feira) três acampamentos de terroristas na selva de Sambisa, e resgatou 200 meninas de 93 mulheres", informou o porta-voz da Defesa, Chris Olukolade, em uma mensagem de texto.
- Por enquanto, não se pode confirmar que se tratem das meninas de Chibok. As pessoas libertadas estão sendo examinadas e identificadas - acrescentou.
Olukolade não informou quanto tempo levará para identificar as reféns. O grupo islamita radical Boko Haram reivindicou o sequestro de 276 meninas de uma escola de ensino médio em Chibok, no Estado de Borno, em 14 de abril do ano passado. Cinquenta e duas meninas escaparam horas depois do ataque, mas 219 continuavam em cativeiro.
Nas semanas que se seguiram ao sequestro e massa, forças de segurança nigerianas e locais em Borno informaram que havia indícios de que as meninas tinham sido levadas para a Floresta Sambisa. Mas autoridades da Defesa e especialistas concordaram que elas provavelmente teriam sido separadas nos últimos 13 meses, lançando dúvidas significativas sobre a possibilidade de que estivessem sendo mantidas juntas como um grupo.
Twitter: #BringBackOurGirls
O líder do grupo Boko Haram, Abubakar Shekau, prometeu "casá-las" ou vendê-las como "escravas". O ataque a Chibok despertou uma atenção internacional sem precedentes ao grupo rebelde nigeriano. Celebridades e personalidades de destaque, como a primeira-dama americana Michelle Obama, aderiram à campanha no Twitter #BringBackOurGirls (Devolvam nossas jovens, em inglês), que contou com apoio de simpatizantes de todo o mundo. Mas o Boko Haram também foi responsabilizado por outras centenas de sequestros, que tiveram como alvo mulheres e meninas em todo nordeste da Nigéria.