A presidente Dilma Rousseff (PT) escolheu o jurista gaúcho Luiz Edson Fachin para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga do ex-ministro Joaquim Barbosa, aposentado desde 2014. Fachin sempre foi ligado ao PT e sua indicação é uma tentativa de Dilma se reaproximar dos movimentos sociais.
A indicação do novo ministro do STF ainda terá de passar por uma sabatina no Senado. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), apoiava a indicação do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coêlho. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) teria conversado com Renan, nos últimos dias, sobre as "qualidades" de Fachin.
A novela da escolha do 11º integrante do Supremo durou quase nove meses, desde a saída de Joaquim Barbosa, que presidia a Casa.
- Foi o tempo de uma gestação - disse um auxiliar de Dilma.
Durante meses, num processo de idas e vindas, constaram na lista dos favoritos o tributarista Heleno Torres, o jurista Clèmerson Clève, e os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luís Felipe Salomão, Benedito Gonçalves, Herman Benjamin e Mauro Campbell. Fachin sempre foi bem visto no Planalto, mas desagravava ao PMDB, partido que comanda o Senado e também a Câmara.
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Dilma chegou a ser acusada de "omissão" pela demora na escolha do ministro do Supremo. Ela adiou ao máximo a decisão para esperar um momento de menos turbulência no Senado, por causa da crise política que atravessa o governo.
* Estadão Conteúdo