Ainda não é conhecida a decisão do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado sobre o pedido de desaforamento de júri solicitado pelo defensor público José Salvador Cabral Marks, que defende o réu Rogério de Oliveira. Ele é acusado de estuprar, matar e ocultar o corpo de Daniela Ferreira em 2012. O julgamento popular está marcado para a próxima quinta-feira, às 9h, no Fórum de Agudo. Caso a liminar seja acatada, uma nova data e outra comarca devem ser marcadas. A alegação de Marks é que os jurados sejam influenciados pelo clamor público, pois a jovem desapareceu na cidade.
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_ Agudo é uma cidade muito pequena. Vi na lista de jurados que pelo menos uma pessoa trabalha na empresa que fez as filmagens. Como uma pessoa que auxiliou na investigação vai ser jurada no processo? Esse tipo de influência pode acontecer e é prejudicial tanto para a família da vítima quanto para o réu. Queremos preservar o processo _ revela Marks.
O pedido de desaforamento foi enviado ao TJ na quarta-feira passada, quatro dias antes de Marks assumir a defesa do réu após o advogado Antonio Carlos Porto e Silva ter pedido afastamento do caso. Como houve feriado, o pedido chegou apenas nesta segunda-feira. Até o final da tarde de segunda, não havia uma decisão. A expectativa é que até esta terça-feira seja divulgado o resultado.
Daniela Ferreira, na época com 19 anos, desapareceu no dia 29 de julho de 2012. O réu alega inocência no caso.
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