O acesso à internet está ligado, no Brasil, à idade, aos anos de estudo, à renda e ao ramo de atividade.
Segundo dados da PNAD divulgados hoje pelo IBGE, a faixa etária com mais usuários é a dos 15 aos 17 anos. Nesse grupo, conforme os números de 2013, 75,7% haviam usado a rede nos três meses anteriores. Trata-se de uma geração digital. A partir daí, quanto mais aumenta a idade, menor é o índice de conexão, caindo a apenas 12,6% entre as pessoas com mais de 60 anos.
A escolaridade também está diretamente relacionada com o acesso a web. Quanto mais anos de estudo, maior a proporção de usuários. Entre pessoas sem instrução ou com menos de um ano de escola, só 5,4% eram internautas. Entre as pessoas com 15 anos ou mais de estudo, o índice alcançava 89,8%. Para as pessoas com até sete anos de estudo, o percentual foi inferior ao total nacional (49,4%), enquanto para aquelas com oito anos ou mais de estudo a proporção foi superior.
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Renda maior também significa mais ligações à web, segundo os dados do IBGE. Em domicílios sem proventos ou com rendimento familiar per capita de até um quarto do salário mínimo, 23,9% usaram a internet. O índice chega a 89,9% nos lares com mais de 10 salários mínimos de renda familiar per capita.
Pessoas ocupadas também usavam mais a internet - 53,8%, contra 43,9% das desocupadas. Em algumas profissões, o acesso é bem maior do que em outras. Profissionais das ciências e das artes são os mais conectados (91,3%), seguidos por membros das Forças Armadas e auxiliares (88,9%), trabalhadores dos serviços administrativos (85,5%), dirigentes em geral (83,5%) e técnicos de nível médio (82,1%).
Entre as pessoas com atividade agrícola, só 11,4% usam a rede. O índice é de 28,3% nos serviços domésticos 28,3% e de 34,6% na construção.