Denunciado pelo assassinato do surfista Ricardo dos Santos na Guarda do Embaú, Grande Florianópolis, o policial militar Luis Paulo Mota Brentano, que está detido no 8º Batalhão da PM em Joinville por tempo indeterminado, poderá trabalhar na sede do batalhão até que sua sentença seja conhecida.
Numa decisão publicada na segunda-feira, a juíza Carolina Ranzolin Nerbass Fretta, da 1ª Vara Criminal de Palhoça, autorizou que o soldado faça trabalhos internos nas dependências da cela, desde que as atividades não possibilitem o seu contato externo, "com rigor fiscal pelos responsáveis e encaminhamento de relatórios mensais".
Em caso de uma eventual condenação, os dias trabalhados no batalhão poderão ser considerados para o cálculo da pena. A decisão da juíza teve o aval do Ministério Público, responsável pela acusação. O soldado responde pelos crimes de homicídio qualificado, abuso de poder e embriaguez ao volante. Ainda não há data marcada para o júri.
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Crime em Palhoça
Ricardinho foi baleado no último dia 19, depois de uma discussão com o policial militar Luis Paulo Mota Brentano. Levado ao Hospital Regional de São José, depois de 30 horas e quatro cirurgias não resistiu e morreu no início da tarde de terça-feira, dia 20 de janeiro. O policial e a testemunha que estava com o surfista contaram diferentes versões para o motivo dos três disparos. O primeiro alegou legítima defesa e a segunda disse que a ação foi sem justificativa.
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A morte do surfista causou grande comoção na Guarda do Embaú, onde ele morava. A notícia repercutiu também no meio do surfe e uma série de profissionais do esporte como o atual campeão mundial Gabriel Medina se manifestaram sobre o caso.
Homenagens
O campeão mundial de surfe, Gabriel Medina, não esteve na Guarda do Embaú, mas homenageou o amigo fazendo um círculo de oração por Ricardo dos Santos. Ele publicou a foto no Instagram: