A possibilidade do governo aumentar impostos para tentar melhorar as finanças pública dos Estado é rejeitada por empresários gaúchos, que consideram que a medida iria afundar ainda mais a economia do Estado em 2015. Na manhã de ontem, o presidente do PMDB e conselheiro do governador José Ivo Sartori, Ibsen Pinheiro, afirmou que " é preciso discutir, com coragem, a tributação" e "que aumento de imposto tem de ser posto em pauta".
- Aumentar tributos vai deprimir ainda mais a economia, incentivar a sonegação. O tratamento deveria ser exatamente o contrário. Diminui imposto para instigar o empreendedorismo e a abertura de novos postos de trabalho. Propor tarifaço vai na contramão do que se espera - avalia Gustavo Schifino, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Para criticar o que considera uma carga tributária excessiva no país, a entidade planeja instalar no dia 25 de maio um impostômetro no centro da Capital, que vai indicar quanto os contribuintes pagam em tributos ao governo por ano.
Sartori atrasará pagamento à União para manter salários em dia
Presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, se diz surpreso com a opinião de Ibsen Pinheiro e afirma que caso a ideia vá para frente, o governador José Ivo Sartori entraria para a galeria dos políticos "mais incoerentes".
- A iniciativa privada não pode pagar mais uma vez pela má gestão de recursos públicos. O ajuste deve ser feito nas despesas do governo - disse.
É também o que defende Ricardo Russowsky, presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul). O empresário afirma que qualquer aumento de tributo neste momento vai penalizar ainda mais a população.
- Com a economia em ritmo lento, uma carga tributária maior iria só estimular a queda nas vendas, na arrecadação e gerar desemprego. A saída é reduzir despesas e investimentos, um modelo parecido com o que o governo federal está tentando emplacar.