A Polícia Civil de Pelotas investiga o desaparecimento da professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Cláudia Pinho Hartleben, de 47 anos, constatado por amigos e familiares na quinta-feira, 9 de abril, e registrado no dia seguinte. As informações são da Rádio Gaúcha.
Já foram ouvidas quatro testemunhas e cumpridos mandados de busca e apreensão em três imóveis e em um veículo. A equipe responsável pelo caso ainda analisa ligações telefônicas da professora e vai colher mais depoimentos nesta semana.
O último contato de Cláudia foi às 22h43min da quinta, dia 9, com o atual companheiro, que estava em Porto Alegre. Depois de um dia inteiro de trabalho no Centro de Desenvolvimento Tecnológico, no campus de Capão do Leão da UFPel, ela teria ido à casa de uma amiga e depois direto para a residência em que mora com o filho, de 21 anos, em Pelotas.
A mãe dela, de 80 anos, mora em uma casa ao lado, no mesmo terreno. A vizinhança é formada principalmente por estabelecimentos comerciais.
A família não comenta o caso, mas um primo da professora, ouvido pela Rádio Gaúcha, diz estar perplexo com o caso. Os parentes dela são vizinhos e mantêm uma mecânica de veículos no bairro Três Vendas.
Foto: Divulgação
A investigação acredita que Cláudia saiu por vontade própria ou foi tirada de casa por algum conhecido, já que não há sinais de briga ou arrombamento. Ela levou a bolsa, mas deixou o carro na garagem. O filho estaria em casa dormindo e ao sair na manhã seguinte para a faculdade, não notou a ausência da mãe.
A perícia não encontrou vestígios de sangue na residência, que não possui câmeras de monitoramento. Nenhuma informação relevante foi repassada à polícia através de ligações anônimas.
Cláudia atua nos cursos de Biotecnologia e Medicina Veterinária da UFPel. Nesta semana, as aulas foram suspensas e os alunos e funcionários têm recebido apoio psicológico. Os colegas foram os primeiros a notar o desaparecimento, já que a docente não compareceu a uma reunião pela manhã.
Apesar de não ter desafetos, segundo os familiares, Cláudia registrou um boletim de ocorrência por ameaça, em 2013, no município de Capão do Leão. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Félix Rafanhim, nenhuma hipótese está descartada. O inquérito policial será entregue à Justiça até 13 de maio.
Manifestações de apoio
Uma caminhada em apoio a Cláudia Hartleben estava marcada para sexta-feira (17), às 9h30min, com saída do Largo do Mercado em direção ao parque Dom Antônio Zattera. Além disso, a procura pela professora tem recebido muitas manifestações nas redes sociais. A Polícia Civil pede que informações sobre o caso sejam repassadas aos telefones 197 ou (53) 3222-2000.