O Ministério da Fazenda não foi pego de surpresa pela decisão do governador José Ivo Sartori de atrasar o pagamento da dívida com a União. Em fevereiro quando o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, esteve reunido com o Secretário do Tesouro, Marcelo Saintive, a possibilidade foi levantada. Na reunião de quinta-feira com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o governador voltou a lembrar que medidas extremas poderiam ser tomadas.
- Podemos chamar de uma pedaladinha. O governador atrasou um pouco a dívida para pagar o salário - comenta um ministro que acompanha o caso.
Bancada gaúcha no Congresso tentará evitar bloqueio de recursos
Além do pagamento de juros, a punição que o Estado pode sofrer com esse atraso é a retenção da parcela equivalente do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Esse repasse é feito de 10 em 10 dias. A pressão de ministros gaúchos é para que os repasses não cheguem a ser congelados. Afinal, o governador garantiu que colocará a parcela atrasada em dia até 10 de maio.
- Não deixa de ser uma jogada contábil - comenta um interlocutor da presidente Dilma.
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