Todos os abrigos para crianças em Porto Alegre devem oferecer programas de apadrinhamento afetivo, conforme recomendação do Ministério Público. Com isso, os acolhidos podem ganhar padrinhos que lhes proporcionem convivência familiar e acompanhem seu desenvolvimento.
A Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude expediu a orientação na quinta-feira. A recomendação é que os abrigos integrem programas de apadrinhamento afetivo já existentes ou apresentem novas propostas em até 60 dias. Conforme a promotora Cinara Vianna Dutra Braga, a intenção do MP é promover a iniciativa em toda a rede de acolhimento, como uma forma de garantir o convívio familiar a todos os abrigados. Atualmente, conforme o MP, o 1,4 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos da Capital.
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A promotora explica que, quando as crianças são encaminhadas aos abrigos, a primeira opção é estruturar a família, para que tenha condições de cuidá-las. Nos casos em que isso não é possível, elas são encaminhadas para a adoção, mas algumas têm poucas chances de ganharem novos pais por causa da idade ou por sofrerem problemas de saúde.
- Vejo o apadrinhamento afetivo como uma terceira opção de convivência familiar e comunitária a essas crianças, quando não há possibilidade de voltarem para as famílias e poucas chances de adoção - afirma Cinara.
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A promotora ainda relata que o apadrinhamento não excluiu a criança da lista de adoção. Os apadrinhados podem ser adotadas por casais habilitados no Cadastro Nacional de Adoção ou pelos próprios padrinhos.
Porto Alegre
Abrigos para crianças devem ter programas de apadrinhamento afetivo, recomenda MP
Com isso, os acolhidos podem ganhar padrinhos que lhes proporcionem convivência familiar e acompanhem seu desenvolvimento
Fernanda da Costa
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