Diversas modificações serão feitas no curso de formação de taxistas em Porto Alegre. Uma das principais medidas irá determinar que todos os profissionais da área terão de fazer uma reciclagem, de carga horária mínima de 12 horas, a cada cinco anos. A norma valerá para todos os taxistas, desde os mais antigos até os mais jovens.
Outra decisão é estudar juridicamente a possibilidade de reprovar aspirantes a taxistas que apresentarem comportamento inadequado no decorrer da semana de aulas. Também serão feitas alterações no formato do curso e instrutores da EPTC irão participar das aulas como professores nos módulos de "vistorias", "cadastro de auxiliares" e "legislação de transporte".
Uma equipe com representantes da EPTC e do Sest-Senat está trabalhando para formular as novas normas. A intenção é publicar no dia 2 de maio um decreto que colocará os regramentos mais rígidos em vigor.
As medidas terão objetivo de qualificar os profissionais e também o Sest-Senat, instituição responsável pela formação.
Os encaminhamentos foram feitos na manhã desta terça-feira, em reunião entre o diretores-presidentes da EPTC, Vanderlei Cappellari, e da unidade de Porto Alegre do Sest-Senat, Carlos Becker Berwanger. As providências estão sendo tomadas após reportagem de ZH mostrar o comportamento de professores e alunos durante o curso de formação de taxistas.
Um instrutor deu dicas sobre como "comprar" placas de táxi com "contratos de gaveta", o que é proibido por lei, e contou ter ameaçado agredir uma mulher depois de discussão de trânsito. Outro educador da instituição, durante a aula, relatou atrito com um motoboy e listou reações que poderia ter tomado para derrubar o motociclista, causando um acidente. Também durante o curso, uma minoria de alunos afirmava diante dos professores que iria enganar os passageiros.
DIA 1 - Em seis minutos, aula sobre como derrubar um motoboy
DIA 2 - Instrutor diz como comprar placa de táxi, negócio ilegal
DIA 3 - Minoria dos alunos disse que iria enganar passageiros