A justiça suéca anunciou, nesta sexta-feira, que irá propor que Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, seja interrogado em Londres sobre o caso de duas acusações de estupro.
- A promotora Marianne Ny enviou um requerimento aos advogados de Julian Assange para saber se ele aceitaria depor em Londres e passar por um exame de DNA - afirma um comunicado do governo suéco.
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Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 2012 para evitar ser extraditado para Suécia. A Suécia investiga duas acusações de estupro contra ele, mas a defesa do fundador do WikiLeaks teme que ele seja extraditado para os Estados Unidos por seu papel no vazamento de 250 mil documentos diplomáticos americanos e 500 mil notas militares secretas.
O anúncio representa uma mudança da justiça sueca, que até o momento era contrária às demandas de Assange de prestar depoimento em Londres. A promotoria afirmou que mudou de posição porque vários fatos atribuídos a Assange prescreverão em agosto de 2015, em menos de seis meses.
- Minha posição é que as condições para tomar o depoimento na embaixada de Londres são tais que a qualidade da audiência teria carências. Por isto, deve estar presente na Suécia para um eventual julgamento. Esta posição continua sendo a mesma, mas agora começa a faltar tempo e, por consequência, tenho que aceitar uma perda de qualidade na investigação - disse Ny.
O advogado de Assange, Per Samuelsson, afirmou ao jornal Aftonbladet que a possibilidade de prestar depoimento em Londres é um primeiro passo para demonstrar a inocência do cliente.
- É algo que pedimos há quatro anos. É o caminho a seguir para que seja declarado inocente - disse o advogado.
Samuelsson disse ainda que o fundador do WikiLeaks aceitará a proposta de interrogatório por magistrados suecos na embaixada do Equador em Londres.
*AFP