A presidente Dilma Rousseff esteve reunida nesta terça-feira, em Brasília, com Marcus Wallenberg, presidente do conselho de administração da Saab, empresa sueca que vai produzir os 36 caças militares Gripen comprados pelo Brasil. Segundo o executivo, o projeto conjunto dos dois países vai possibilitar a transferência tecnológica para a indústria aeronáutica brasileira.
Ainda conforme Wallenberg, o ponto mais importante da reunião com a presidente foi o acordo em torno da "possibilidade concreta de avançar" no projeto do avião sueco, "de modo a envolver participação conjunta da indústria brasileira". Segundo a tradução oficial do Palácio do Planalto, ele disse que "temos convergência conjunta acerca de nossa cooperação, da importância de se assegurar que evolua conforme planejado, o que, por sua vez, vai assegurar a transferência tecnológica à indústria brasileira aeronáutica".
O representante da Saab, que também preside conselhos de administração de outras empresas de investimento suecas, ponderou que apesar da crise econômica, será possível recuperar os investimentos feitos no país. "Embora o Brasil esteja, na verdade, passando por momento de ajuste, reestruturação, reequilíbrio econômico, nós acreditamos ainda que sim, em algum ponto haverá o retorno esperado dos investimentos aqui efetuados", afirmou.
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Além de reiterar que a data prevista para que o primeiro caça fique pronto é 2019, Wallenberg se disse otimista com a parceria Brasil-Suécia nos próximos anos. Ainda segundo ele, engenheiros brasileiros serão enviados ao país para assimilar a tecnologia envolvida na fabricação das aeronaves, logo após o início da construção das instalações, cujo "investimento efetivo ocorrerá em breve".
O Brasil assinou pedido de encomenda de 36 caças Gripen para equipar a Força Aérea Brasileira (FAB), no valor de US$ 5,4 bilhões, no fim de outubro de 2014.
*Agência Brasil