A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou, nesta sexta-feira, a primeira morte por dengue autóctone (contraído no Estado) na história do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma mulher de 41 anos, que morreu no dia 22 de março, em Santo Ângelo, na região Noroeste.
Em 2013, um homem infectado pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mas que também tinha outras doenças, já havia morrido no Estado. No entanto, segundo a SES, ele havia contraído dengue em viagem à Bahia.
Neste ano, até a última terça-feira, dia em que o governo atualiza o balanço, o RS já havia registrado 66 casos confirmados da doença, sendo a maioria deles autóctones - 35, contra 31 importados.
Há 15 dias, uma força-tarefa da Vigilância Ambiental em Saúde passou a atuar no Noroeste, com aplicação de inseticidas especialmente nos municípios de Caibaté, São Miguel das Missões, Mato Queimado, Cerro Largo, Rolador e Santo Ângelo, que apresentaram casos suspeitos da doença.
Em 18 de março, a SES emitiu um alerta epidemiológico para a região, que, naturalmente, já é considerada área de risco da dengue, por ser quente, abafada e apresentar chuvas rápidas, mas que está ainda mais suscetível devido ao grande número de moradores infectados.
- Vamos intensificar as medidas preventivas em todo o Estado, mas precisamos da colaboração da comunidade, para não deixar água parada e avisar a Saúde em caso de suspeita da doença - destacou a chefe de Vigilância Epidemiológica, Myrian Thereza Ventura Correa.
Ela reforça: qualquer pessoa que apresentar febre alta, dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo deve procurar um posto ou hospital para passar por exame.
Na tarde desta sexta-feira, as vigilâncias Epidemiológica e Ambiental adotaram como medidas a manutenção da força-tarefa na Região Missioneira bem como a implantação de um gabinete de crise no local, com o objetivo de prestar informações técnicas e definir estratégias e ações de combate à dengue nos municípios da região.
* Zero Hora