Porto Alegre perdeu nesta quinta-feira, o "professor" Darcy Alves, um de seus mais notórios boêmios. Ele completaria 83 anos no próximo sábado. O sepultamento está marcado para esta sexta-feira, às 10h, no Cemitério Parque Jardim da Paz, em Porto Alegre.
Darcy orgulhava-se de sua desenvoltura entre os jovens da Cidade Baixa, diz biógrafo
Habilidoso violonista, começou na música aos 13 anos, ainda em Santo Ângelo, sua terra natal, tocando pandeiro - evoluindo logo para o cavaquinho e para o violão. Ainda menor de idade, apresentava-se escondido em boates e clubes, de acordo com a Revista Assovio, da Associação Gaúcha do Violão.
Após servir ao Exército, veio a Porto Alegre, cidade que adotou até o fim da vida. Foi na Capital que fundou, com Zé Gomes, Ivaldo Roque e outros colegas, o Clube do Violão, para divulgar o instrumento pela cidade e pelo Estado. Participou de orquestras como a Orquestra Filarmônica Popular de Porto Alegre e a Orquestra Cassino de Santa Cruz, mas ficou mais famoso na noite, tendo participado e dirigido espetáculos musicais em bares como o Adelaide's e o Chão de Estrela. Acompanhou ao violão nomes como Lupicínio Rodrigues, Alcides Gonçalves, Ângela Maria e Nelson Gonçalves, além de ter composto numerosos chorinhos, marchas, sambas-canção e valsas.
Foi biografado pelo jornalista Paulo César Teixeira no livro Darcy Alves - Vida nas cordas do violão, lançado em 2010. Ultimamente, apresentava-se semanalmente no bar Parangolé, conhecido ponto de música da Cidade Baixa - mas precisou afastar-se dos microfones depois de 2013, quando sofreu um acidente vascular cerebral.
O perfil do estabelecimento no Facebook publicou uma mensagem homenageando o músico: