O dia de protestos em Santa Maria foi marcado por um "caminhonaço" de 10 km da BR-392, onde se concentra a mobilização, até a Câmara de Vereadores. Durante o trajeto, que percorreu várias ruas e avenidas da cidade, os caminhoneiros receberam apoio de motoristas e pedestres. Por volta das 15h, o grupo deixou os caminhões estacionados na Gare da Viação Férrea e foram caminhando até a Rua Vale Machado, onde fica o prédio da Câmara.
Um dos representantes do Movimento dos Motoristas Autônomos, Gilson Murilo Severo, ocupou a tribuna livre da sessão para falar sobre a situação da categoria no Brasil. Em muitos momentos, do discurso que durou mais de 10 minutos, ele se emocionou e foi aplaudido de pé pelo plenário lotado.
- Este é um apelo de desespero. Estou com meus caminhões parados há 10 dias, sem ter como pagar meus motoristas, mas esperando pelo apoio da população. Não queremos prorrogação de 12 meses no pagamento de dívidas, queremos condições dignas de trabalho - declarou Severo, referindo-se ao preço do diesel, dos pedágios, das más condições da rodovias do País e da falta de estrutura para os caminhoneiros na beira das estradas.
:: Novo ponto de protesto é formado na BR-392 em Santa Maria
A Mesa Diretora da Câmara redigiu um documento com todas as reivindicações da classe e os 21 vereadores assinaram. A promessa é que o documento chegue nas mãos do Ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues.
Os caminhoneiros seguem com a mobilização no Posto Buffon, na BR-392. No local, não há abordagens.