Pela primeira vez após os protestos que movimentaram o país nos últimos dias, a presidente Dilma Rousseff se pronunciou publicamente sobre as medidas políticas e econômicas adotadas em seu segundo mandato e sobre as manifestações, que, entre outras pautas, reivindicaram seu impeachment.
- Muitos da minha geração deram a vida para que o povo pudesse, enfim, ir às ruas para se expressar. Nunca mais, no Brasil, nós vamos ver pessoas que manifestarem sua opinião, seja contra quem quer que seja, inclusive a Presidência da República, sofrerem consequências - disse a presidente, que foi aplaudida após a declaração.
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Dilma justificou as medidas econômicas adotadas pelo governo, alegando terem sido tomadas para "manter a estabilidade". Segundo a presidente, desde 2009, o governo "vem conseguindo evitar que os efeitos mais graves (da crise econômica internacional)" se abatam sobre o Brasil.
- Utilizamos todas as armas. Ampliamos subsídios, desoneramos impostos - lembrou.
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Conforme a presidente, o governo não está "acabando" com as políticas de incentivo, apenas "corrigindo-as". Dilma destacou que "serão feitos os reajustes necessários, dialogando com todos", e que as medidas serão tomadas "em defesa de todos os brasileiros".
Ao final de seu discurso, a presidente disse "prestar homenagem aos que lutaram contra o regime de exceção e defenderam a democracia" e "tributo" aos que defenderam o país da intervenção militar. Concluiu exaltando a consolidação da democracia brasileira:
- Este país está mais forte do que nunca.
*ZERO HORA
