Faltando pouco mais de 20 dias para um dos maiores júris do ano, o do assassinato de Daniela Ferreira, 19 anos, o réu Rogério de Oliveira, que é acusado do crime que ocorreu há quase três anos, em Agudo, irá trocar de advogado.
O advogado criminalista Antonio Carlos Porto e Silva, que trabalhava na defesa de Oliveira desde que ele foi preso, em 2012, protocolou na última segunda-feira, seu afastamento do caso, alegando motivos de foro íntimo. O Diário entrou em contato com Porto, que preferiu não falar sobre a motivação, afirmando que ela é particular.
Com a saída do advogado, deve ser nomeado um defensor público para substitui-lo. O defensor deve ser Jose Salvador Cabral Marks, que preferiu não falar sobre o caso porque ainda não foi nomeado.
:: Galeria de fotos mostra as buscas pela jovem desaparecida ::
::Mãe fala sobre o desaparecimento da filha, em Agudo ::
:: Suspeito de matar Daniela vai a júri popular ::
Os jurados que devem decidir se Oliveira, que continua preso na Penitenciária Estadual de Santa Maria, é ou não culpado do crime, foram sorteados no último dia 12.
Daniela desapareceu quando voltava de uma festa no Centro de Agudo. Oliveira teria visto a jovem na rua e começado a segui-la. Ele era apenado por outros crimes e no fim de semana em que Daniela desapareceu, ele estava em dispensa da detenção.
De acordo com a acusação do Ministério Público, em 29 de julho de 2012, Oliveira seguiu Daniela e tentou convencê-la a manter relações sexuais com ele. A jovem não teria concordados, mas ele teria usado uma faca para obrigá-la a ir até um local mais afastado onde a jovem teria sido obrigada a consumir uma bebida alcoólica com cocaína e, depois, teria sido estuprada e morta por asfixia e esganadura. Ainda segundo a denúncia, Oliveira escondeu o corpo para não ser responsabilizado pelo crime.
Apesar de o corpo de Daniela não ter sido encontrado, segundo o advogado de acusação, Daniel Tonetto, há provas testemunhais, exame de DNA e imagens de câmeras de vigilância que comprovam a responsabilidade de Oliveira no caso.
Na época do crime, buscas foram realizadas em Agudo, inclusive em muitos poços onde o cadáver poderia ter sido escondido.