O mau humor que predomina nas indústrias também começa a se disseminar em outros setores que vinham com desempenho melhor. Na construção civil, que depois de vários anos ajudando a puxar o emprego registrou resultado negativo em 2014, a projeção é de que em 2015 as demissões continuem superando as admissões.
- As obras estão ficando prontas e não há outras para começar - diz o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado, Ricardo Sessegolo.
Além da economia parada e do crédito mais restrito, há outros fatores atrapalhando os negócios dos construtores gaúchos, alerta o dirigente. Na Capital, ainda haveria dificuldade na liberação de projetos, o que tranca os lançamentos. No Estado, o problema seria a demora para vistoria do Corpo de Bombeiros em prédios prontos, o que também atrasa o habite-se.
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Nos setores de comércios e serviços, que asseguraram o saldo positivo do emprego no Rio Grande do Sul ano passado, o ânimo também não é dos melhores. Juro alto, aumento de impostos, risco de racionamento de energia e o imbróglio envolvendo a Petrobras indicam que o cenário do país em 2015 será recessivo, avalia Ricardo Russowsky, presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços (Federasul). A perspectiva de safra cheia, pondera, pode ser o prenúncio de que o Estado terá a economia com uma performance um pouco melhor ante a média brasileira.
- Com isso, se mantivermos o número de vagas que existe hoje, com um pequeno acréscimo, já estará bom - entende Russoswky.
Mapa do emprego
Perspectivas estão pouco otimistas na construção civil e no comércio
Projeção é de que em 2015 as demissões continuem superando as admissões
Caio Cigana
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