Segue preso, na Base Aérea de Santa Maria, o cirurgião aposentado do Hospital Universitário de Santa Maria e professor de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria Airton Kwiatkowski. A Justiça negou, no fim da tarde desta quinta-feira, o pedido de seu advogado para que fosse libertado.
O médico foi preso na última quarta-feira, suspeito de ter ameaçado testemunhas de um caso no qual foi indiciado pela Polícia Federal por estelionato qualificado.
Kwiatkowski é suspeito de registrar entradas e saídas no sistema de controle de ponto eletrônico do hospital, que é biométrico, sem permanecer no trabalho, o que, foi registrado pelo sistema interno de câmeras de segurança.
O advogado Cristiano Urach, que assumiu a defesa do cirurgião, alega que o médico não tentou ameaçar ninguém.
- O que ele fez foi, quando soube que seu nome estava sendo falado nos corredores do hospital, tentar entender a situação. Por isso, perguntou a algumas pessoas quem tinha sido chamado pela polícia e o que foi dito sobre ele - afirma Urach, que entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal no final da tarde desta quinta-fera.
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De acordo com o chefe de divisão do Husm, Larry Argenta, o hospital sabia da investigação e colaborou com as solicitações do MPF e da Polícia Federal ao longo dos cerca de oito meses ao longo dos quais as denúncias do crime foram apuradas.
- Nós não podemos fazer muito sobre o caso, porque ele se aposentou há cerca de três meses. Nunca tivemos uma reclamação formalizada sobre o comportamento dele - afirma Argenta.