O ex-comandante do navio de cruzeiro italiano Costa Concordia, Francesco Schettino, 54 anos, foi condenado, nesta quinta-feira, a 16 anos de prisão por homicídio múltiplo e abandono de navio. A embarcação naufragou em janeiro de 2012, depois de se chocar com um rochedo na costa da Ilha de Giglio, ao largo da Toscânia, fazendo 32 mortos.
Schettino foi condenado após 19 meses de julgamento e três anos depois do naufrágio. A condenação é passível de recurso. Não ficou imediatamente claro de que crimes foi considerado culpado o comandante, para quem o Ministério Público pedirá pena total de 26 anos e três meses.
Durante o julgamento, Schettino foi acusado de condução negligente do navio de cruzeiro em direção a rochedos, com 4 mil pessoas a bordo; de atrasar uma ordem de abandono da embarcação; e de ter abandonado o navio, de forma covarde e pouco profissional.
Em sua defesa, o ex-comandante disse que a culpa da colisão foi da tripulação, que o atraso na evacuação do navio pode ter salvado vidas, e frisou que caiu do barco quando ele estava virando, e não o abandonou motivado pelo medo.
Schettino argumentou ainda que estava sendo o bode expiatório do acidente, e se disse vítima de uma caça às bruxas liderada pela imprensa.
* Agência Brasil