A presidente Dilma Rousseff disse neste sábado que, quando houver energia elétrica sobrando no Uruguai, o Brasil vai adquirir esse excedente.
- Quando tiver sobrando energia no Uruguai, nós iremos comprá-la - disse a presidente, ao participar da inauguração do Parque Eólico Artilleros, em Tarariras, no Uruguai, ao lado de Pepe Mujica, que neste domingo transmite o comando do país a Tabaré Vázquez.
Dilma acompanhará a posse do novo presidente uruguaio, neste domingo.
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Dilma destacou, ainda, que será inaugurada uma nova linha de transmissão entre os dois países, entre São Carlos (Uruguai) e Candiota (Brasil). Trata-se de obra que envolve a construção de uma subestação de 500/230kV em Candiota (RS), uma linha de 500kV com 60 quilômetros de extensão até a fronteira com o Uruguai e outra de 230kV, com nove quilômetros, que vai ser conectada com a Subestação Presidente Médici, da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE).
Segundo Dilma, o obra vai transformar as condições tanto no Brasil, como no Uruguai.
- Isso vai ser importante para as nossas relações. Teremos energia que ao longo do período será mais barata.
Ela lembrou que atualmente falta energia em uma parte do Brasil e sobra no Uruguai, problema que será superado com a nova interligação.
- É possível integração com os dois lados ganhando e se respeitando - disse.
A presidente disse que, na América Latina, "nos condenaram à separação".
- Exigiram que o sistema elétrico brasileiro fosse de 60 ciclos e o do Uruguai, de 50 ciclos. Com isso, estávamos proibidos de intercambiar uma das maiores riquezas que temos, que é a riqueza energética - afirmou.
Segundo ela, essa característica foi um dos "resquícios coloniais para nos separar". Agora, para a presidente, a interligação representa "um marco na ruptura com o passado colonial" e trará mais segurança energética para os dois países e eletricidade mais barata.
Dilma elogiou o presidente uruguaio, Pepe Mujica.
- Mujica é pessoa comprometida com interesses do Uruguai e de demais países da América Latina - afirmou a presidente brasileira.
Dilma destacou também que as relações do Brasil com Uruguai vão continuar com chegada de Vásquez à presidência.
- É possível maior aproximação entre países por meio de ações comuns - disse.
Um exemplo de ação comum é o novo canal de interligação entre as redes de energia brasileira e uruguaia, a ser inaugurada em breve.
*Agência Estado