O advogado de Julian Assange afirmou ter apresentado, nesta quarta-feira, à Suprema Corte sueca, um recurso para obter a anulação da ordem de prisão contra o fundador do site WikiLeaks por suposta agressão sexual.
- Apresentamos um recurso de apelação perante a Suprema Corte hoje - declarou à AFP o advogado Per Samuelsson.
Uma corte de apelações de Estocolmo tinha rejeitado, em novembro, um primeiro pedido de anulação, fazendo alusão ao risco "importante" de fuga de Assange, caso a ordem seja suspensa.
A justiça sueca pretende interrogar Assange, a quem duas mulheres acusam de crimes de estupro e assédio sexual, supostamente cometidos em 2010 na região de Estocolmo.
- Pedimos à corte que nos dê os SMS trocadas entre as duas denunciantes. A promotoria tem estes documentos - afirmou Samuelsson, estimando que estes elementos permitiriam provar que Assange é inocente.
O australiano, que clama inocência na embaixada do Equador, em Londres, onde se refugiou, pediu várias vezes para ser interrogado no Reino Unido.
O fundador do WikiLeaks está em uma situação complicada. Se sair da embaixada equatoriana, seria imediatamente detido pela polícia britânica e entregue à Suécia.
O ciberativista se nega a viajar ao país escandinavo porque acredita que este, por sua vez, poderia extraditá-lo aos Estados Unidos para ser julgado pelo envolvimento no vazamento no Wikileaks de 250.000 despachos diplomáticos e 500.000 informes militares confidenciais.
*AFP