A partir da próxima segunda-feira, a conta de luz vai ficar mais cara para consumidores atendidos por 58 concessionárias. A revisão tarifária extraordinária para essas empresas foi aprovada nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e a previsão é de aumento médio de 23,4%.
Os maiores reajustes serão para as distribuidoras AES Sul (39,5%), Bragantina (38,5%), Uhenpal (36,8%) e Copel (36,4%). Os mais baixos serão aplicados para as distribuidoras Celpe (2,2%) e Cosern (2,8%).
Os impactos da revisão serão diferentes conforme a região da distribuidora. Para as concessionárias das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o impacto médio será de 28,7% e, para as distribuidoras que atuam nas regiões Norte e Nordeste, de 5,5%. A diferença ocorre principalmente por causa do orçamento da CDE e da compra de energia proveniente de Itaipu.
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Também começam a valer na semana que vem os novos valores para as bandeiras tarifárias, que permitem a cobrança de um valor extra na conta de luz, de acordo com o custo de geração de energia. Além da revisão extraordinária, as distribuidoras passarão neste ano pelos reajustes anuais, que variam de acordo com a data de aniversário da concessão.
Segundo a Aneel, a revisão leva em consideração diversos fatores, como o orçamento da CDE deste ano, o aumento dos custos com a compra de energia da Usina de Itaipu - por causa da falta de chuvas -, o resultado do último leilão de ajuste - que aumentou a exposição das distribuidoras ao mercado livre - e o ingresso de novas cotas de energia hidrelétrica.
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- No ano passado e neste ano, o custo da energia elétrica tem sido realmente alto, porque o regime hidrológico não está favorável, temos despachado todas as térmicas, que têm um custo mais alto - explicou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
A revisão extraordinária está prevista nos contratos de concessão das distribuidoras e permite que a Aneel revise as tarifas para manter o equilíbrio econômico e financeiro do contrato, quando forem registradas alterações significativas nos custos da distribuidora, como, por exemplo, modificações de tarifas de compra de energia, encargos setoriais e de uso das redes elétricas. Na tarde de hoje, a Aneel também aprovou o orçamento da CDE para este ano, que prevê repasse de R$ 22 bilhões para a conta dos consumidores de energia.
Entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, várias empresas solicitaram a revisão extraordinária, por causa da falta de chuvas e da maior necessidade de compra de energia de termelétricas, que é mais cara.
Veja abaixo os percentuais de reajuste por distribuidora:
- Celpe 2,20%
- Cosern 2,80%
- Cemar 3,00%
- Cepisa 3,20%
- Celpa 3,60%
- Energisa PB 3,80%
- Celtins 4,50%
- Ceal 4,70%
- Coelba 5,40%
- Energisa Borborema 5,70%
- Sulgipe 7,50%
- Energisa SE 8,00%
- CPFL Sta Cruz 9,20%
- Coelce 10,30%
- Mococa 16,20%
- Ceron 16,90%
- CPEE 19,10%
- João Cesa 19,80%
- Cooperaliança 20,50%
- Eletroacre 21,00%
- Santamaria 21,00%
- Chesp 21,30%
- CSPE 21,30%
- CEEE 21,90%
- Light 22,50%
- CJE 22,80%
- Ienergia 23,90%
- CEB 24,10%
- Elektro 24,20%
- Celesc 24,80%
- Bandeirante 24,90%
- ENF 26,00%
- Escelsa 26,30%
- Cemat 26,80%
- Energisa MG 26,90%
- Eflul 27,00%
- Eletrocar 27,20%
- Celg 27,50%
- DME-PC 27,60%
- Enersul 27,90%
- Cemig 28,80%
- CPFL Piratininga 29,20%
- EDEVP 29,40%
- CPFL Paulista 31,80%
- Hidropan 31,80%
- CFLO 31,90%
- Eletropaulo 31,90%
- Forcel 32,20%
- Caiua 32,40%
- Demei 33,70%
- Muxfeldt 34,30%
- Cocel 34,60%
- CNEE 35,20%
- RGE 35,50%
- Copel 36,40%
- Uhenpal 36,80%
- Bragantina 38,50%
- AES Sul 39,50%
* Agência Brasil