Os fatos que marcaram a operação:
A apreensão de dinheiro, 500 relógios e perfumes por parte da Polícia Federal, na última quinta-feira na sede da Arxo, em Piçarras, foi justificada, pelo departamento jurídico da empresa. O dinheiro, alegam, era para uso pessoal do sócio João Gualberto Pereira Neto. Também foi dada uma justificativa para os relógios mas nenhuma para os frascos de perfume escondidos. A ação na empresa fez parte da nona fase da Operação Lava-Jato.
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Em relação às centenas de relógios apreendidos, o departamento jurídico da Arxo disse, por meio do comunicado oficial, que "fazem parte de uma coleção particular que João Pereira mantém, e nenhum deles tinha grande valor."
- Ele tinha como hobby. Viajava, comprava relógio, comprava muita coisa pela internet também. Muita porcaria, tá? - disse o advogado Charles Zimmermann, afirmando que os relógios não seriam de marcas valiosas e que ficariam em gavetas e não em fundos falsos.
A PF disse que encontrou os objetos escondidos no escritório, assim como encontrou dinheiro e perfumes. Mais tarde, o advogado disse que os perfumes também seriam de uso pessoal do seu cliente, mas não soube explicar porque eles escondia os frascos que, em teoria, eram para uso próprio.
As informações foram repassadas na manhã desta sexta-feira e se somam a outras posições oficiais em que a empresa diz estar colaborando com as investigações da Polícia Federal para esclarecer todos os fatos.
A Arxo tem sede em Balneário Piçarras, mas a companhia produtora de tanques de combustíveis e os sócios-proprietários são naturais de Itajaí. Na manhã de quinta-feira, três executivos ligados à empresa tiveram prisão temporária decretada.
- Meus clientes nunca pisaram na Petrobras, nunca tiveram contato com dirigentes. Eles sempre participaram por pregões eletrônicos - alega Zimmermann.
:: As apreensões
Fotos: Divulgação / Polícia Federal
:: Palavras para o mercado
A empresa Arxo, investigada na nova fase da Operação Lava-Jato
da Polícia Federal (PF), emitiu comunicado oficial aos seus clientes e parceiros na manhã desta sexta-feira. Em nota, a empresa afirma que prazos e comprimissos serão mantidos e que as atividades serão retomadas - após terem sido suspensas nesta quinta-feira.
Confira nota na íntegra:
"AOS CLIENTES E PARCEIROS:
A ARXO Industrial do Brasil LTDA comunica ao mercado que todas as atividades da empresa e compromissos com clientes e fornecedores estão mantidos. A ação da Polícia Federal em nada impede o andamento do processo fabril e administrativo e todos os prazos de entrega de equipamentos, carregamento e pagamento estão assegurados. No decorrer no dia de hoje o sistema operacional, de telefonia e internet será retomado."
Em empresa já havia emitido comunicados afirmando contribuir com os trabalhos da polícia e confirmando o nome dos dois detidos e informando que o outro sócio da empresa, João Gualberto Pereira, se apresentará à Polícia Federal em Curitiba (PR) na tarde de sexta-feira, quando chegar de viagem dos Estados Unidos.
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