Advogado é condenado a 14 anos de prisão por matar comerciante em 2010

O advogado Carlos Augusto Santos da Rocha foi condenado a 14 anos de prisão por matar o comerciante Claudison Cristiano Chagas Berens em 2010 em Santa Maria. O júri chegou ao veredito por volta das 18h30min desta quinta-feira. O réu foi condenado pelo crime de homicídio duplamente qualificado, mas a defesa (feita por ele mesmo) alegou que vai recorrer da sentença. Enquanto isso, ele seguirá em liberdade.

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Um grupo de cerca de 10 pessoas, formado por familiares e amigos do comerciante Claudison Cristiano Chagas Berens, 34 anos, morto a tiro em 2010, acompanhou a sessão do júri popular do homicídio vestindo camisetas e carregando faixas que pedem justiça pelo crime.

A vítima foi morta em 14 de junho de 2010, quando fechava o seu bar, o Maza Central 24 Horas, no subsolo do Clube Caixeira, em Santa Maria. Ele morreu cinco dias depois. O acusado é o advogado Carlos Augusto Santos da Rocha.

A sessão aconteceu na manhã desta quinta-feira no Fórum de Santa Maria. Ao todo, seriam ouvidas sete testemunhas, sendo quatro indicadas pela acusação e três pela defesa. Porém, a defesa (feita pelo próprio réu, que é advogado) alegou que as testemunhas de acusação foram indicadas fora do prazo. O juiz acatou a argumentação. Com isso, apenas as três testemunhas de defesa foram ouvidas.

O júri foi formado por sete pessoas, que foram sorteadas entre 25 nomes.

Carlos Augusto Santos da Rocha alegou legítima defesa. Assim como em um outro processo que responde por homicídio em São Leopoldo, em 2005.

A acusação do crime cometido em Santa Maria contesta a tese: 
_ Vou provar que não está caracterizada a legítima defesa. Foi um crime violento, por motivo fútil. Ele (réu) voltou em casa para buscar uma arma e matou por 75 centavos_ declarou o assistente de acusação, Sérgio dos Santos Lima

Para a mãe da vítima, Claudison Cristiano Chagas Berens, a justiça será um conforto:
_ Só a justiça pode aliviar a nossa dor. Esta noite eu não dormi na expectativa do júri, e toda dor foi revivida _ lamentou Sandra Berens, 55.
Quem conduziu o júri popular foi o juiz substituto da 1ª Vara Criminal de Santa Maria Fábio Marques Welter.