A professora que aparece em um vídeo maltratando crianças de três e quatro anos em uma escola infantil da zona sul da Capital foi afastada e será demitida. A ação foi comunicada na quarta-feira, depois que a Secretaria Municipal de Educação (Smed) cobrou providências à direção da instituição. O caso ocorreu no Instituto de Educação Infantil Carlos Alberto Tejera De Ré, no bairro Cascata, e veio à tona após a mãe de uma aluna publicar imagens no Facebook.
- Agora é o basta. Cabe a nós, enquanto instituição que repassa recursos públicos, tomar providências. A instituição está sendo chamada para que demita essa funcionária - disse a secretária municipal da Educação, Cleci Jurach.
A demissão foi confirmada pela diretora Sirley Vargas, em reunião com o departamento jurídico e a coordenadoria de educação infantil da Smed. Conforme a secretária, a creche, que recebe R$ 25 mil por mês da prefeitura por meio de convênio, terá reforço no acompanhamento pedagógico do município.
Segundo Cleci, a instituição apresenta falhas de operação desde a inauguração em 2013. A principal delas é a presença de trabalhadores não qualificados. Em 2014, a Smed havia dado prazo para que a situação fosse resolvida.
Ainda conforme a secretária, a pasta também havia sido informada sobre situações como brigas entre professores na frente dos alunos. Em menos de dois anos, 10 profissionais foram substituídos na instituição por problemas de formação e relacionamento.
A verba mensal repassada pela prefeitura serve para complementar os salários dos funcionários. O Executivo tem convênio com 218 creches, além de manter diretamente 41 instituições.
Do descaso à internet
- O vídeo foi gravado no final de 2014, antes do recesso de verão, que ocorre entre 30 de dezembro e 5 de fevereiro. Funcionários registraram imagens da professora apertando o braço de crianças e jogando-as em colchões para a "hora da soneca". A gravação foi entregue à administração do local e repassada a mães de alunos, que o divulgaram na internet.
- Responsáveis pelas crianças que mantinham contato com a professora foram até o Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) registrar ocorrência. O Conselho Tutelar vai pedir a realização de exames físicos e psicológicos para analisar o impacto das agressões nas crianças.