A polícia prendeu na manhã desta sexta-feira um segundo suspeito da morte do empresário Gentil Marin, 75 anos, no dia 2 de janeiro, em Novo Hamburgo. Jackson Rafael Tomazi, 21 anos, conhecido como Tio Jack, seria, segundo a polícia, um dos ocupantes de uma moto flagrada por câmeras de segurança em um posto de combustíveis. Nas imagens, ele e um comparsa aparecem comprando gasolina, que teria sido usada para atear fogo ao corpo do idoso, depois de ele ter sido morto com dois tiros de calibre 22 na nuca.
Conforme o titular da Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo, Enizaldo Plentz, Jackson também participou de um assalto à casa do empresário, na semana anterior à sua execução. Na ocasião, foram levados R$ 5 mil e todos os bens, eletrodomésticos e eletrônicos da residência.
- No momento da prisão, ele admitiu a participação no assalto, mas negou que estivesse envolvido no assassinato do empresário. Alegou que teria emprestado a moto e que não esteve no posto de gasolina, mas sabemos que é mentira. Ele foi bem identificado nas imagens - afirmou o delegado.
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Morte de empresário de Novo Hamburgo foi arquitetada dentro do presídio de Charqueadas
O suspeito prestará depoimento na tarde desta sexta-feira e, com isso, a polícia pretende chegar a outros envolvidos no crime. Jackson seria um dos integrantes de uma quadrilha de, pelo menos, cinco integrantes, liderada por um preso da penitenciária de Charqueadas, que arquitetou a morte de Gentil Marin.
Uma adolescente de 17 anos, que seria mulher do apenado, é apontada como o pivô do homicídio. Ela teria sido usada de isca, dando início a um relacionamento amoroso com o empresário, com o objetivo de extorquir e depois matar o idoso. Segundo o delegado, ela já está com mandado de internação decretado, mas é considerada foragida.
Um terceiro suspeito, identificado como Maurício Monteiro, 22 anos, considerado pela polícia o principal executor do empresário, já está com mandado de prisão preventiva decretado e também é considerado foragido. Ele seria o carona da moto pilotada por Jackson no dia do crime e teria atirado e ateado fogo em Gentil.