Por determinação da Justiça, o comando-geral da Polícia Militar de Santa Catarina deverá apurar o motivo pelo qual o soldado Luís Paulo Mota Brentano, autor confesso da morte do surfista Ricardo dos Santos, o Ricardinho, não foi afastado do policiamento ostensivo em Joinville a partir de junho do ano passado.
Em 2 de junho de 2014, o promotor Affonso Ghizzo Neto, sugeriu ao comando local da Polícia Militar em Joinville que deslocasse o soldado Luis Paulo Mota Brentano para atividades administrativas em razão de duas situações de abuso de autoridade que o envolviam na época. Mota seguiu nas ruas atuando no policiamento, conforme revelou a RBS TV.
O pedido de abertura de inquérito foi feito pelo promotor Raul Rogério Rabello, que atua junto ao juízo da auditoria militar, em Florianópolis, e determinado esta semana pelo juiz Alexandre Morais da Rosa.
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A PM tem 20 dias para a conclusão do procedimento, que deverá seguir na corregedoria da corporação. O DC tentou ouvir o comando da PM nesta quinta-feira, mas a comunicação social da corporação informou que haverá manifestação do caso pela corregedoria apenas nesta sexta-feira.
Crime em Palhoça
Ricardinho foi baleado no último dia 19, depois de uma discussão com o policial militar Luis Paulo Mota Brentano. Levado ao Hospital Regional de São José, depois de 30 horas e quatro cirurgias não resistiu e morreu no início da tarde de terça-feira, dia 20 de janeiro. O policial e a testemunha que estava com o surfista contaram diferentes versões para o motivo dos três disparos. O primeiro alegou legítima defesa e a segunda disse que a ação foi sem justificativa.
A morte do surfista causou grande comoção na Guarda do Embaú, onde ele morava. A notícia repercutiu também no meio do surfe e uma série de profissionais do esporte como o atual campeão mundial Gabriel Medina se manifestaram sobre o caso.
O campeão mundial de surfe, Gabriel Medina, não esteve na Guarda do Embaú, mas homenageou o amigo fazendo um círculo de oração por Ricardo dos Santos. Ele publicou a foto no Instagram: