A família do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53 anos, fez a última visita ao parente, neste sábado, na Indonésia. A tia e parente mais próxima de Marco, Maria de Lourdes Archer Pinto, 61 anos, deve ser a última a vê-lo antes do fuzilamento. Em declaração ao jornal Folha de S. Paulo, ela afirmou não acreditar mais na desistência da ação:
- Eu ainda tinha esperança de que a coisa pudesse mudar. Agora, só Deus.
Maria de Lourdes prometeu levar doce de leite para o sobrinho antes da execução, que será feita por um grupo de 12 policiais. O condenado poderá estar acompanhado pelo advogado e por algum líder espiritual, oferecido com base em suas crenças.
Leia as últimas notícias de Zero Hora
O brasileiro deve ser executado nas primeiras horas deste domingo (tarde deste sábado no horário de Brasília), na Ilha Nusakambangan, na Indonésia. Ele foi condenado à pena de morte por tráfico de drogas, em 2004, um ano depois de ter tentado entrar no país com 13,4 kg de cocaína.
Esta será a primeira execução de um brasileiro no exterior por condenação judicial. Além de Marco, outros cinco estrangeiros serão executados na primeira sessão de fuzilamento do país em 2015. Entre os condenados estão um holandês, dois nigerianos, um vietnamita e um malauiano.
Clemência
Nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff (PT) conversou por telefone com o chefe do Estado indonésio, Joko Widodo. Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto, ela reconheceu a gravidade dos atos, mas pediu clemência em nome de Marco e de Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42 anos, também condenado por tráfico de drogas, cuja execução está marcada para fevereiro.
Após a negação do pedido, Dilma apresentou um dossiê à representação da Santa Sé no Brasil para a intercessão do papa Francisco. Mesmo assim, a possibilidade de retroação do julgamento é remota.
Tráfico de drogas
Família faz última visita a brasileiro condenado à pena de morte na Indonésia
Marco Archer Cardoso e outros cinco estrangeiros serão executados neste domingo
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: