A Usina Escola de Laticínios (Uni), que opera na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na Região Central, parou de processar leite porque a cooperativa com a qual mantinha um convênio rompeu o contrato. A cooperativa alegou que a produção diminuiu muito após os escândalos de adulteração do leite no Rio Grande do Sul.
Desde 2009, a Cooperterra, com sede em Tupanciretã, fornecia a matéria prima para os produtos processados e distribuídos pela Uni. Eram cerca de 8 mil litros de leite processados todos os dias. O contrato venceria em setembro deste ano e a cooperativa antecipou o fim das atividades para junho.
Como os animais da universidade produzem no máximo 250 litros por dia, e as máquinas tem capacidade para 2 mil litros por hora, não era viável continuar o processamento. Com as atividades suspensas, o prejuízo se reflete na paralisação de pesquisas realizadas pelos estagiários, graduandos e pós-graduandos na unidade. A diretora da usina, Neila Richards, estima que 50 acadêmicos por semestre sejam lesados. Cerca de 30 escolas da região deixaram de receber os produtos lácteos que eram vendidos ao governo e distribuídos para a merenda escolar.
Licitação
Hoje, as dependências da usina estão sendo avaliadas para que possa ser reformada. Após a avaliação, a expectativa de Neila é que até novembro saia a licitação e que a empresa escolhida comece a atuar até final de dezembro. A partir daí, a usina volta a funcionar.
Segundo a diretora, quatro cooperativas já demonstraram o interesse em explorar a usina. Conforme ela, o valor da reforma será abatido do valor das vendas dos produtos que são repassados para a universidade. Ela estima que o repasse feito pela Cooperterra girava em torno de 1% do valor total de venda.