A Coreia do Norte admitiu publicamente pela primeira vez a existência de campos de concentração para controlar e “reformar” cidadãos com condutas e pensamentos que não estejam de acordo com ideiais do regime de Kim Jong-un. Um oficial do Ministério do Exterior confirmou que o país possui centros “de trabalho para reformar” os detidos. Ele disse ainda que esses locais de detenção são onde as pessoas “verificam a sua ideologia e refletem sobre seus atos imorais.”
Foi a única resposta ao relatório elaborado há meses pela ONU com denúncias de execuções, desaparecimentos e tortura no país. O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidos constatou violações “sérias, generalizadas e sistemáticas” na Coreia do Norte e documentou a crueldade a que foram submetidos mais de 24 milhões de pessoas.
Para especialistas da ONU, o reconhecimento desses campos de concentração por parte do governo norte-coreano é um avanço na luta para acabar com a repressão do regime.