Eram sorridentes e empolgados os rostos de cada um dos 160 meninos do Bairro Restinga que pisaram o gramado do campo de treinamento das categorias de base do Grêmio, no Bairro Cristal. Vindos de projetos voluntários de futebol espalhados por quase todas as vilas da Tinga, eles realizam algo considerado quase impossível nos últimos anos na região: convivem pacificamente. Um exemplo que tem ajudado, há 45 dias, a garantir paz na comunidade. Desde o assassinato de Tiago Teixeira Paixão, 36 anos, no dia 27 de julho, não aconteceram mais homicídios no bairro que, até então, era o mais violento da Capital.
Até aquele dia, 31 pessoas foram assassinadas no bairro, que é um dos territórios da paz. Foi período de sete meses mais violento desde a criação do programa, em 2011.
Criminalidade
Um mês e meio sem mortes na Restinga
Bairro mais violento da Capital no primeiro semestre, vive momento de calmaria. Desde o final de julho, não acontecem assassinatos na Restinga, para alegria de quem aposta na retirada da gurizada no caminho das gangues e do tráfico