A presidente Dilma Rousseff emitiu, por volta de 14h30, uma nota oficial lamentando a morte do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmando estar tristíssima. Foi decretado luto de três dias. A nota afirma que o Brasil inteiro está de luto.
Dilma diz que Campos era um grande brasileiro, um companheiro. O texto ainda faz referências ao avô de Campos, Miguel Arraes, que morreu no mesmo dia, há nove anos.
"Exemplo de democrata para a minha geração, Eduardo foi uma grande liderança política. Desde jovem, lutou o bom combate da política, como deputado federal, ministro e governador de Pernambuco, por duas vezes. (...) Minhas condolências aos familiares de todas as vítimas desta tragédia", diz a presidente, Dilma Rousseff.
Eduardo Campos fez parte do governo do PT nas campanhas de 2006 e 2010.
O Palácio do Planalto informou que o último encontro de Dilma e Campos foi no enterro do escritor Ariano Suassuna. A presidente da República decretou luto oficial de três dias em homenagem à memória de Eduardo Campos, além da suspensão da própria campanha política no mesmo período.
Morte de Campos
O candidato à presidência da República Eduardo Campos, 49 anos, morreu em acidente aéreo na manhã desta quarta-feira (13), em Santos, no litoral de São Paulo. O jato particular onde o político estava caiu sobre uma área residencial e atingiu três casas. Outras seis pessoas morreram na tragédia.
De acordo com a Aeronáutica, a aeronave era um Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato.
Nascido em Recife, em 10 de agosto de 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos era economista. Em sua trajetória, foi secretário estadual, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos. Em abril deste ano, renunciou ao cargo para concorrer à Presidência, um ano após o seu partido, o PSB, romper com o governo Dilma.
Eduardo Campos era candidato pela coligação Unidos Pelo Brasil, que congregava seis partidos, tendo como vice a ex-senadora Marina Silva. Nas pesquisas, aparecia em terceiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto.
Campos era casado com a economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado Renata Campos, com quem teve cinco filhos.