A greve dos funcionários terceirizados da Oi já dura 24 dias e afeta os serviços de instalação e reparos de telefone fixo e banda larga no Rio Grande do Sul. Fabiana Vilas Boas, moradora de Não-Me-Toque, está sem internet e sem telefone fixo desde o dia 16 de junho.Há 15 dias ela aguarda a visita de um técnico para realizar o conserto da linha.
"Liguei para a Oi, fiz a solicitação. Ela me colocou que em cinco dias o técnica estaria vindo. Fui viajar e voltei sem telefone ainda. Liguei novamente, ela me comunicou que eles estavam com problemas e me pediu mais dois dias. Deu o prazo dos dois dias e o técnico não veio. Liguei hoje de novo, a menina me falou que não tem previsão porque os técnicos estão em greve", explicou Fabiana.
Angelo Cardoso também está enfrentando dificuldades para receber o atendimento. Ele mora em Butiá e está sem internet e telefone fixo desde domingo. "Meu pai ligou para a Oi, explicou a situação e eles falaram que o técnico iria vir e que nós tínhamos que aguardar. Passou um tempo, o técnico não veu e meu pai ligou de novo. Na última vez falaram que a Oi estava em greve no Rio Grande do Sul e não tinha previsão. Estamos no aguardo desde domingo", contou Cardoso.
A assessoria de imprensa da Oi explica que, por causa da paralisação dos funcionários terceirizados, foi mobilizada uma equipe emergencial para garantir a prestação de serviço nas regiões afetadas. No entanto, devido à falta de trabalhadores, serviços como instalação e consertos de telefones fixos ou públicos e banda larga estão afetados.
Os funcionários da RM infraestrutura, empresa terceirizada da Oi, estão em greve desde o dia 9 de junho. Três reuniões já foram mediadas no Tribunal Regional do Trabalho (TR), mas todas terminaram sem acordo. A empresa ajuizou o dissídio no TRT, no entanto, ainda não há data para o julgamento.
De acordo com o Sindicato dos Telefônicos do Rio Grande do Sul, 50% dos 2,2 mil funcionários aderiram à paralisação. A categoria pede um reajuste salarial de 7%, mudança na jornada de trabalho e mais segurança. A empresa oferece 6% de reajuste.