A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nesta sexta-feira (20) o último relatório sobre vítimas de guerras que estão refugiadas, buscando asilo ou deslocadas dentro de seus próprios países. Pela primeira vez desde o fim da 2ª Guerra Mundial, em 1945, o número superou os 50 milhões e chegou a 51,2 milhões. São 6 milhões a mais que no fim de 2012.
O principal responsável pelo aumento é a guerra civil da Síria, que responde por 2,5 milhões de pessoas refugiadas em países vizinhos como o Líbano e a Jordânia. Outras 6,5 milhões estão deslocadas dentro do país.
Outros focos de guerra que forçaram pessoas a deixarem suas casas, reforçando as estatísticas, foram na África. Notavelmente, os conflitos da República Centroafricana e no Sudão do Sul foram responsáveis pela piora nas estatísticas.
"Estamos vendo os imensos custos de não encerrarmos guerras, de não conseguir resolver ou prevenir conflitos", afirmou o Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres.
A pesquisa mostra que cerca de 10% do total de pessoas deslocadas em razão de conflitos é da Colômbia, o segundo país com o maior número do mundo, atrás apenas da Síria. A maior parte é de pessoas que tiveram que se mudar para outras regiões da Colômbia por conta da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).