Com informações de agências
Um homem de 30 anos morreu baleado na noite desta terça-feira durante um violento protesto em Copacabana pelo suposto assassinato do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, informou a Secretaria Estadual de Saúde. A Avenida Nossa Senhora de Copacabana e as ruas Barata Ribeiro e Pompeu Loureiro, na zona sul do Rio de Janeiro, foram interditadas na altura da comunidade do Pavão-Pavãozinho, devido às manifestações.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta para uma "hemorragia interna decorrente de laceração pulmonar decorrente de ferimento transfixante do tórax. Ação pérfuro-contundente", a informação foi dada pelo Jornal da Globo, da TV Globo. De acordo com a Polícia Civil, não há marcas de tiros no corpo da vítima e as escoriações seriam compatíveis com as provocadas por uma queda.
Revoltados com a morte do dançarino, moradores atearam fogo em objetos, fazendo barricadas em alguns pontos das vias. Um menino de 12 anos de idade foi baleado por volta das 18h, segundo informação da Agência Brasil. A estação do metrô na Rua Sá Ferreira, nas proximidades da favela, foi fechada.
MURILO REZENDE/FUTURA PRESS / ESTADÃO CONTEÚDO
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Dançarino foi encontrado morto dentro de escola
Douglas, conhecido como DG, 25 anos, era dançarino e atuava no programa "Esquenta", da Rede Globo. Ele foi encontrado morto dentro de uma escola municipal, na favela, por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), sem marcas de disparos de arma de fogo. DG morava na comunidade, pacificada em 2009.
Segundo a ONG Justiça Global e a Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência e amigos de Douglas afirmam que o jovem foi espancado pela polícia até a morte, após ser confundido com um traficante de drogas.
A assessoria de imprensa do Comando de Polícia Pacificadora informou que a polícia foi chamada por moradores para retirar um corpo encontrado dentro da escola, que não tinha sinais de bala.