A Força Sindical planeja realizar protestos durante todas as semanas do mês de maio para aproveitar a visibilidade do período pré Copa do Mundo e tentar melhorar as negociações salariais para as categorias com data-base no primeiro semestre.
Os dirigentes da central tiveram, nesta quinta-feira, uma reunião de pouco mais de três horas com cerca de 60 líderes dos principais sindicatos e decidiram batizar o cronograma de protestos de "esquenta Copa".
- Não vai ser uma série de protestos contra a Copa, mas queremos aproveitar esse momento de visibilidade para tentar sensibilizar a classe patronal e os governos - afirmou Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
Entre esses setores que planejam manifestações estão aeroviários, rodoviários, trabalhadores da construção civil, das usinas de etanol e da alimentação, eletricitários, telefônicos, servidores públicos municipais e estivadores. O calendário de dias e local dos atos ainda será definido.
- Os metalúrgicos só têm data-base no segundo semestre, mas como eles já estão sofrendo com demissões, pode ser que eles também queiram aderir aos protestos - disse Torres.
Além do cronograma semanal de maio, a Força pretende realizar um grande ato reunindo todas as categorias que representa no dia 6 de junho, menos de uma semana antes do início da Copa.
De acordo com Torres, a reunião de hoje decidiu que os protestos serão em São Paulo, mas a ideia da central é estender a pauta para outros Estados. Segundo o dirigente, a Força representa cerca de 150 sindicatos com data-base no primeiro semestre.
- Isso dá mais ou menos 1,5 milhão de trabalhadores - afirmou.