A gigante de tecnologia IBM anunciou na quarta-feira uma parceria com um projeto de medicina genética, através de seu supercomputador Watson, que ajudará no tratamento personalizado de paciente com câncer.
O programa do Centro de Genoma de Nova York (NYGC) vai permitir aos médicos adaptar o tratamento ao perfil genético de cada paciente. A primeira fase do projeto vai ser centrada em pacientes com glioblastoma, um tumor no cérebro que mata 13 mil pessoas por ano nos Estados Unidos.
O computador Watson vai ser utilizado para buscar estudos e dados clínicos nas revistas de medicina e vinculá-los às mutações genéticas dos pacientes.
"Os médicos têm muito pouco tempo, e não têm as ferramentas necessárias para oferecer tratamentos aos seus pacientes com base em seu DNA", explicaram o NYGC e a IBM em um comunicado.
"Essa iniciativa conjunta pretender acelerar esse processo complexo, mediante a identificação de padrões na sequência genética e em dados médicos, para criar oportunidades que ajudem os médicos a levar a promessa da medicina genética a seus pacientes", diz o texto.
Desde a descoberta da sequência do genoma humano, há mais de 10 anos, "o verdadeiro desafio que temos pela frente é como dar sentido à quantidade massiva de dados e transformar essas informações em melhores tratamentos para os pacientes", destacou Robert Darnell, presidente e diretor científico do NYGC.
A IBM já tinha se associado em setembro de 2011 à companhia de seguros WellPoint para implementar a primeira aplicação comercial das excepcionais capacidades de cálculo de Watson, desenvolvido para ajudar médicos a fazer diagnósticos e tratar seus pacientes.
O supercomputador ganhou fama em fevereiro de 2010 depois de vencer dois campeões humanos no jogo de perguntas "Jeopardy!", tradicional programa da televisão americana.
Watson, batizado em homenagem ao fundadador da IBM, Thomas Watson, utiliza uma série de algoritmos para determinar de maneira extremamente rápida qual a resposta que tem mais possibilidades de estar correta.