Sem que qualquer destroço do avião da Malaysia Airlines desaparecido há 19 dias tenha sido encontrado, familiares das 239 pessoas a bordo pressionam a Malásia a apresentar provas de que o Boeing 777-200 realmente caiu no Oceano Índico.
Para reafirmar suas conclusões, as autoridades de Kuala Lumpur detalharam nesta terça-feira a análise dos dados de satélite feita pela companhia britânica Inmarsat.
O Boeing 777-200 da Malaysia Airlines emitiu um "chiado inexplicável" oito minutos após o último de uma série de pulsos que foram captados durante sete horas em intervalos regulares. Segundo a companhia, o "sinal falhado" indicaria que o avião entrou em sua "fase catastrófica" ao mergulhar no mar.
Isso teria ocorrido entre 8h11min e 9h15min de sábado, 8 de março (noite do dia 7 no Brasil). Às 8h19min, o pulsar diferente foi captado. Depois, nada mais foi registrado. Calcula-se que, às 8h11min, o avião tivesse ainda combustível para voar 30 minutos.
Em Pequim, cerca de 200 parentes das vítimas chinesas furaram um bloqueio policial e protestaram em frente à embaixada malaia durante duas horas, até que um diplomata apareceu e aceitou uma carta de protesto pela falta de informação. Muitos familiares estão convencidos de que o governo da Malásia escondeu a verdade e exigem provas de que o avião caiu no mar, como anunciou na segunda-feira o primeiro-ministro malaio Najib Razak.
As imagens de satélites australianos, chineses e franceses registraram objetos flutuando à deriva entre o extremo sudoeste da Austrália e a Antártida. Na segunda-feira, um avião australiano observou dois objetos flutuando no sul do Oceano Índico. Um navio seguiu para a região para tentar recuperá-los. As buscas foram suspensas nesta terça-feira em consequência de um forte temporal.
A Malaysia Airlines anunciou que levará os parentes das vítimas à costa australiana, de onde partem as operações de busca.