A quarta plataforma de exploração de petróleo construída no Polo Naval de Rio Grande, a P-58, foi entregue formalmente nesta sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff. Sob os olhares de centenas de operários, a mandatária destacou o poderio da economia petroleira do país.
Dilma veio a Rio Grande depois ter cancelado a visita marcada para 16 de setembro, em função do mau tempo. Foi recebida com festa, apesar da apreensão que paira sobre o Polo Naval, com o anúncio de demissões. Especula-se que os desligamentos possam oscilar entre 2 mil e 5 mil.
Apesar dos temores de líderes sindiicais, não houve protestos. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), alinhada ao governo do PT, expôs faixas à entrada do estaleiro da Quip, onde a presidente formalizou a entrega da P-58. Mas foi apenas para marcar presença.
A P-58 deve ser enviada até o final deste mês ao campo de Baleia Azul, a cerca de 78 quilômetros da costa do Espírito Santo. Irá processar, armazenar e escoar petróleo em águas com profundidade de 1,4 mil metros. Avaliada em US$ 1,3 bilhão, é a quarta plataforma a ser concluída em Rio Grande, por encomenda da Petrobras, seguindo a linha da P-53, P-63 e P-55.
Confira a íntegra da entrevista concedida pela presidente Dilma para jornalistas do Grupo RBS:
A P-58:
- A P-58 tem capacidade para produzir diariamente 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás, com previsão de entrada em operação ainda em 2013
- A P-58 será instalada no Campo de Baleia Azul, na Bacia de Campos, a cerca de 85 quilômetros da costa do Espírito Santo, em águas com profundidade de 1,4 mil metros. Ela será ligada a 9 poços injetores de água e a 15 poços produtores por meio de 250 quilômetros de dutos flexíveis, que conduzirão o óleo até a plataforma.
- A plataforma é composta por 15 módulos responsáveis pelo processamento e tratamento de óleo, gás e água, além de suporte de tubulações e acomodações para 110 pessoas. Seu peso total é de 63.300 toneladas, com altura de 119 metros e comprimento de 330 metros.