Os meus colegas e amigos aqui de ZH ficam impressionados comigo: o meu lanche vespertino consiste de um mil-folhas gigante e uma Coca-Cola Zero. Eles não entendem como posso comer um doce com uma tonelada de açúcar e junto uma Coca Zero.
É que, se eu for acrescentar ao mil-folhas uma Coca normal, a minha glicemia sobe ainda mais para as estrelas.
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Interessante é que para comer salgados tenho de ter apetite. Já os doces, devoro-os mesmo sem apetite.
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Mesmo que eu esteja com fome, se me puserem na frente uma salada de legumes temperados e uma salada de frutas, opto pela última.
É bobagem, sei disso, mas às vezes desconfio que fiquei diabético de tanto comer toneladas de doces.
Da mesma forma, uma pessoa pode se tornar diabética sem gostar de doces e sem ingerir sequer um grama de açúcar entre seus alimentos.
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Por sinal, se me fosse oferecida a opção de passar fome ou passar sede, escolheria de olhos fechados a primeira.
Prefiro ser faminto a ser sedento.
Talvez porque ultimamente tenho ingerido mais de um litro e meio de água gelada durante todos os intervalos entre sono e vigília nas minhas noites.
Essas sessões de autoliquefação me sobrevêm por força de que me acordo várias vezes durante a noite pelo alarma de que tenho de fazer pipi.
E quem ingere água a toda hora acaba ali adiante de ter de expeli-la. Nessa roda de moinho, acabo me envolvendo durante todas as noites.
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Por sinal, há na Rádio Gaúcha atualmente um anúncio comercial que trata das crianças que fazem xixi na cama, o que aconteceu comigo até os 10 anos de idade.
Lembro-me de que meu pai me levou a um psiquiatra e que este me receitou simplesmente que eu nunca mais bebesse água depois das cinco horas da tarde.
Foi um santo remédio, mas sabe Deus o que me custou não poder beber água durante cerca de metade do tempo em que permanecia acordado.
Como compensação, até as cinco horas da tarde eu bebia litros e litros de água sem ter sede.
Não há tortura maior do que beber água sem ter sede ou ser obrigado a comer sem ter fome.
Beber água sem ter sede é o mesmo que ter de ver todos os dias uma pessoa de quem não se sente falta ou saudade.