Após depoimento na manhã deste domingo (29) no comitê de investigação russo, em Murmansk, a justiça da Rússia decidiu que a bióloga e ativista do Greenpeace Ana Paula Maciel permaneça até o dia 24 de novembro no país para o final das investigações sobre pirataria.
Ela e mais sete ativistas foram ao júri para se defender das acusações do governo russo. Todos foram condenados a mesma pena e ficarão sob custódia em detenções provisórias na cidade.
Ana Paula havia prestado depoimento na última quinta-feira (26), mas não havia convencido as autoridades sobre a liberação para retornar ao Brasil. Há 11 dias, 30 ativistas do Greenpeace foram presos após protestos contra a exploração de petróleo no Ártico. Eles tentaram colocar faixas em uma plataforma no Mar de Pechora, quando foram capturados pela guarda costeira.
Apesar das declarações do presidente da Rússia, Vladimir Putin, alegando que os ativistas não poderiam ser tratados como piratas, a justiça determinou a permanência até o fim das investigações. Em caso de condenação, a pena máxima é de 15 anos de detenção e multa de até R$ 30 mil.