Trocas de passagens, desinformação e atrasos foram as principais queixas do escasso público que estava na rodoviária de Porto Alegre, à noite, após a reabertura no final da tarde.
A paralisação dos ônibus intermunicipais causou uma série de prejuízos para os passageiros desavisados que chegaram à rodoviária de Porto Algere na tarde da quinta-feira.
Vindo da cidade de Itatiaia, no interior paulista, o casal Karina Ferreira e Leandro Pereira teve que esperar mais de sete horas na estação até conseguir deixar a cidade rumo a Caxias do Sul. Chegaram às 14h em Porto Alegre e pretendiam subir a serra logo em seguida, mas tiveram que esperar. Durante o dia, a indisponibilidade da praça de alimentação fez o casal se deslocar com as malas pelo centro em busca de um restaurante aberto.
A falta de informações sobre o funcionamento dos serviços causou dor de cabeça a um grupo de mulheres que retornou do Canadá e pretendia seguir viagem até Erechim, no norte do Estado. Segundo elas, nem os taxistas sabiam informar se a rodoviária estava aberta e se havia ônibus disponíveis.
- Ficamos sem saber aonde ir. Depois que chegamos aqui, ainda tive que trocar a passagem três vezes - desabafa uma das passageiras.
Servidora do judiciário, a funcionária pública Tânia Barros teve prejuízo no trabalho. Com passagem comprada para São Borja na noite de quarta-feira, foi impedida de embarcar porque a o ônibus só chegaria às 4h, quando a paralisação já teria começado. O jeito foi tirar um dia de folga.
Quem teve trabalho de sobra foram os fiscais de tráfego da companhia Ouro e Prata, que ficaram responsáveis pela troca de passagens durante a tarde e ouviram muitas reclamações de quem tinha pressa de chegar.
Para esta sexta, a rodoviária da Capital prevê demanda extra e prepara esquema de feriadão. Ônibus extras serão colocados em circulação para garantir as viagens dos passageiros.