Dezenas de familiares e amigos das vítimas da tragédia do voo 3054 da TAM se reuniram na tarde desta quarta-feira (17) no Largo da Vida, na avenida Severo Dullius. O local, que fica próximo ao Aeroporto Salgado Filho, foi batizado após o acidente, em 2007. O ato incluiu o depósito de flores, fotos e cartões em forma de coração com os nomes das 199 vítimas. Seis anos após a tragédia, a Justiça Federal de São Paulo anunciou as novas datas do julgamento. O início foi confirmado para o dia 7 de agosto, com a tomada de depoimentos das testemunhas de acusação. Para um dos colaboradores da Associação de Familiares, Roberto Gomes, a expectativa é otimista sobre a condenação dos culpados.
- O juiz poderia não ter aceito a denúncia do Ministério Público Federal. Quando os advogados dos réus entraram com pedido de absolvição sumária, ele poderia ter aceitado, mas não aceitou. Vamos ver o que o julgamento dirá. Nós temos uma forte expectativa de que eles serão condenados - disse Roberto, que perdeu o irmão Mário Gomes, de 49 anos, no acidente.
No entanto, nem todos os familiares acreditam que algum dos eventuais condenados vá para a cadeia. É o caso de Luciana Mattia, que perdeu a mãe, Ângela Dorneles.
- Tendo em vista o cenário da nossa Justiça, eu não tenho a esperança de que alguém fique preso. Mas que saia a condenação, que sejam responsabilizados para que sirva de exemplo e isso não aconteça com outras famílias - disse Luciana.
Os depoimentos das testemunhas de defesa foram alterados para os meses de novembro e dezembro. Três pessoas são acusadas de atentado contra a segurança de transporte aéreo. São dois dirigentes da TAM na época e a ex-diretora da ANAC, Denise Abreu.
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